sábado, 25 de outubro de 2008

Nostalgia

Sensações que vão e vem, num caminho as vezes desconhecido. Encontro-me em total nostalgia, mas dessa vez não há um clima melancólico gritando para que tudo volte, na verdade há uma firmeza que diz numa calma até então desconhecida, que elas não voltarão! Não dói! Eu sorrio feito criança! E se eu chorasse agora, seria por uma felicidade que inunda meu peito, uma felicidade conseqüente da certeza de que, se há saudade é devido a tudo de maravilhoso que eu pude viver e reviver em fotos, cartas e momentos corridos. Então venho humildemente agradecer a todos aqueles que me fazem sentir-me assim nesta fração de segundo, embriagada de saudade, de uma saudade boa que não pára de pular e gritar em meu peito. Agradecer por essa vontade de ouvir músicas que já não faziam sentido, mas, que agora são tatuadas aqui dentro junto a lembranças. Agradecer pelos sorrisos que estão brotando num dia radiante de céu límpido, agradecer aos meus amigos, companheiros... E deixar que agora, de alguma forma, num silencio, num fleche, em olhos fechados eu consiga não ver tudo o que passou, mas trazer todas as sensações de volta aos meus olhos, boca, corpo e alma...

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Expectativas ilusórias

Naqueles momentos em que o mundo desaba, em que a esperança se esconde, em que tudo resolve voltar atrás e desandar a caminhada, que já parecia cansativa. São aqueles momentos em que o pior pode não abalar, mas o acúmulo de restos de frases que cortam um peito superficialmente, de forma que na hora você nem sente, resolvem rasgá-lo todo, dilacerá-lo. Daí você se encontra sentada em frente à um computador em plena tarde ensolarada em que você poderia estar fazendo qualquer outra coisa mais útil, tentando explicar a você mesmo que vai passar, que você vai se levantar e conseguir um dia, sabe-se lá qual, reabrir as oportunidades que algum hipócrita te roubou.
Assim cansada demais de sempre te dar a mesma desculpa, de que as coisas estão assim mas mudaram, te fazem brigar com um mundo inteiro, mas o mundo que você briga é justamente aquele que não tem a mínima culpa das suas frustrações.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Eu em ti

Impossível não me perder em seus olhos, não dobrar as esquinas da sua alma pedindo para não me encontrar longe de ti. É que a cada vez que beijo teus lábios eu me encontro mais em ti, eu vejo mais de mim em você. Eu me reconheço no teu sorriso e estremeço na tua gargalhada, tão boba. Eu me surpreendo a cada gesto teu e isso faz com que eu agarre as suas mãos e as ponha em meus seios, sem nenhuma malícia. É só uma forma de você sentir a rapidez com que meu sangue corre em minhas veias quando estou com você. Talvez seja mesmo como o velho Chico cantou: "Meu sangue errou de veia e se perdeu." E agora eu venho mesmo contando as frações de segundos para que meu olhar encontre o teu. Para que meu mundo se funda no teu, para que meu sorriso venha junto ao teu, para que minhas palavras soem como as suas soam para mim, melodicamente, numa união que não fui eu quem escreveu.

domingo, 22 de junho de 2008

A curiosidade roubou minha criatividade!

Então, já que isso se deu após a leitura de algumas palavras, vim apenas declarar que fico feliz de ver que enfim alguém foi capaz de entender exatamente, ou talvez até além o que eu tentei por alguns segundos expressar. Não sei se agradeço, ou se fico um tanto quanto irritada, já que eu não posso de forma alguma dizer quem é, apesar de saber que está perto.

Sem mais declarações e inspirações!

domingo, 18 de maio de 2008

Dimensões paralelas

São os resquícios dos cigarros, as garrafas de bebidas jogadas pelos cantos da moradia luxuosa, o gosto estranho na boca e vagas recordações. São os restaurantes mais caros, os carros mais novos, as noites perdidas na escuridão de uma tal de perdição. Não é o meu mundo, mas sempre que eles podem me carregam para lá. As lembranças são vagas, porque as substancias não nos permitem relembrar. Talvez uma estúpida fuga da realidade e mesmo assim pode parecer tão doce quanto mais uma dose de um milhão de possibilidades, mas algumas vezes parece amargo como aquele uísque que ninguém mais quer. Eu nunca entendi ao certo o motivo daqueles olhares perdidos, talvez eles tenham muito o que olhar, mas eu não posso ver, em geral fico em silencio, até mais uma menina, não mais inocente, vir até a mim e me pedir mais um copo de qualquer coisa, na verdade eu nunca acho o que elas querem, só que no fundo o que elas querem é o que eles tem. Então eu jogo fora umas meias palavras com qualquer um que seja e me deito em qualquer lugar para observar aquele mundo de alucinações, é o tempo dos embriagados, dos que pensam viver na intensidade de um mundo novo, mas só estão buscando os seus finais, nem sempre felizes.
Na verdade eu não entendo muito bem da onde sai tanta felicidade, a não ser das guimbas,copos e outras mesquinharias, é um mundo tão vazio e ao mesmo tempo ele suporta uma quantidade surpreendente de dimensões, é estranho e ao mesmo tempo tão curioso a ponto de me levar até eles.

Os nossos dois segundos

Havia uma menininha perdida, sozinha e acompanhada ao mesmo tempo, seus sentimentos se perdiam. Um belo dia ela foi ao encontro de uns amigos e algo nasceu, brotou simples e puramente. Como nada nunca havia brotado na vida dela. Um sentimento que foi relâmpago. O menino, que havia se perdido entre as mesmas entranhas que ela, no seu mundo distinto, encontrou um atalho que o levava até ela. Lá eles se olharam, trocaram pensamentos em olhares tão profundos que fizeram suas almas se reconhecerem e ali, surgiram umas das mais belas histórias de paixão. Paixão pos só mais tarde eles foram saber que o que parecia amor era passageiro, mais independente de ser ou não passageiro suas entranhas se desfizeram e eles se fundiram num único mundo, onde os sorrisos, os olhares, o carinho, a paixão que ardia e o silencio reinavam. E foi radiante. Porém foram dois segundos, como se tudo tivesse sido uma fantasia. As entranhas voltaram, mas os dois não caminharam antes de o menino dizer, que os dois segundos haviam sido os necessários para ele carregar pra sempre uma enorme admiração por ela, que era tão bela e delicada. E ela nunca foi capaz de dizer que o admirava também. Porém, suas estradas seguiram agora cada um sozinho. Mas por fim nós sabemos que cada um vai ainda encontrar um outro menino e uma outra menina para fazerem com que esses segundos se concretizem em mais admiração e não mais apenas segundos e sim horas.

domingo, 27 de abril de 2008

Flor

Pois então venha
Se entregue
E deixe que eu te leve, meu amor
Que aqui dentro há mais de ti, do que de mim
E não me cale
Somente se com um beijo vier
Sentirei então seus lábios
Mais carnudos que os meus
Mais suaves e mais doces
Que me farão viajar em plenitude
Como a cada vez que viajo por ti
Em ti
Contigo
Somente tu és pra mim a mais doce viajem
Aquela que me completa
E me faz contemplar-te.
Venha então
Minha flor
Minha rainha
Para que em teu corpo eu possa
Mais uma vez encontrar a perfeição
E desenhar em seus traços o meu amor.