terça-feira, 30 de junho de 2009

Mais, mais, mais...

E na realidade talvez haja essa tal de constelação em explosão, mas não se faz de minha face, faz-se peito meu. Que explode, gargalha e grita por mais. Dê-me mais que te darei tudo, o meu todo inteiro por ti. Ah como belas as manhãs a surgi, numa melódica cantiga que ainda me faz dormir. Sei que passo a passo sou mais traço solto do que forma, mas você me transforma, você me retorna, me retoca e me refaz. Ah pegue tudo então, entre e saia num turbilhão, mais tarde te darei um chá, o vinho já está em mim. Quanto amor, quanto ardor e quanta paixão.
Se me diz apaixonado, faço dos teus meus passos, sou mais você agora que mim mesma. Capacidade essa de me moldar sem moldar, pois já sou assim, fomos e somos, molduras se completam. Palavras se soltam. Ritmos tocam, odores ficam, Gostos, por favor, repitam!

terça-feira, 23 de junho de 2009

Antes do depois

Aí naquele instante mil pensamentos inundaram meu cérebro, e eles faziam uma sequência um tanto quanto desafiadora e esquizofrênica. Era eu e um não eu falando. Dali, parti para o outro lado da avenida buscando um pouco mais de paz. Queria o silencio das horas naquela hora, era incerto, mas concreto. Não gostei dos resultados, dei dois passos e, no entanto a voz que surgia na minha cabeça se intensificava, tive medo de que passasse a gritar. E ao mesmo eu a desejava, ela fazia parte de um todo meu que até então eu não conhecia. O frio em meu estomago crescia, a voz cessou. Perdi-me ali, bem ali no meio, entre os carros que iam e vinham e não me viam. Enlouqueci em dois segundos, ou não era loucura? Tentei, em vão, alcançar a calçada, mas meus pés se perderam e eu cai. Vi o chão se aproximando em câmera lenta, era como se meu cérebro quisesse guardar até o cheiro daquilo tudo. A última coisa que vi? Foi a luz de um farol bem forte! E depois? O meu depois é isso aqui.

domingo, 14 de junho de 2009

salta-me os olhos

Vejo-me então, aconchegada a seus braços, um livro em uma mão e um amor em outra. Descanso, mas só por uns segundos e mesmo enquanto meus olhos estavam fechados, meus sentidos te sentiam, como numa doce canção, ao sol, ao léu.
Deleito-me então, entrego-me a ti. Que graça teria se não? Se meu desejo é teu e o teu meu e assim vai... vamos. Vem?
Que eu te tratarei assim mesmo. Sorrisos, meios e inteiros, gargalhadas doces, altas, controladas e guardadas. As crises de felicidade. Ah, eu não sabia que estas existiam, pensava eu, tola, que apenas a infelicidade surtava. Mas a felicidade surta também, ela pula, grita, chora, esperneia... faz um show no meu peito, enquanto te olho. E você, mas tolo ainda, acha que eu tenho algo a dizer, ela é que tem, mas não sabe falar, então o máximo que faz é saltar-me os olhos.