domingo, 30 de agosto de 2009

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Oscila, oscila, oscila
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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Tornei-me assim, analfabeta de novo. Os dedos doem e dentro de mim o silencio grita mais que todos os desesperados em uníssono. Busco na infinidade do ser eu, uma paz que não sei mais onde está. Perdi-a faz exatamente três dias. Tenho medo das lágrimas que estou guardando, não vou manchar, com essa dor, meu semblante de novo. Eu tinha apagado-a, porque ela retorna?
-Foge! Desapareça!
Grito a ela e não há manifestação. Às vezes vejo que grito comigo mesmo. Sinto o pêndulo e ele vai da agonia que faz tremer as mãos, à paz. Essa paz insegura, como um conformismo, deixa ser e ficar, ir e voltar... Tanto faz pois não vai!
E quem foge sou eu, dessa agonia de mim. Mas como fugir daquilo que está tatuado dentro de ti? Não sei e receio não saber. Se aqui ou lá me faz querer não voltar, sinto os olhos queimarem e meu rosto junto. Se ao menos a cama me mantivesse alerta.
Tomei mil energéticos e não ganhei nenhuma força.
Teias e teias envolvem o corpo vão e o prende ao nada, um nada tão nada que chega dói.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

No silencio sou mais
mas prefiro sua voz
Canta e ecoa, melodica, se faz
Desfaço-me
Retrato-te
Longe ou perto
Certo e incerto
Não há dúvida
na certeza desse amor que lhe dou
Minhas mãos te buscam
até loucamente pela manhã
e meus olhos te pintam
Sou sua aqui ou acolá
Sorte essa minha de te amar
Se faz em minha mente
Só você
Só você

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Ócio

Fico saudosa, deve ser a música ou é esse meu medo da solidão. Tem quem diga que jamais ela nos abandonará, mas todo dia eu é que tento abandoná-la. Não tenho medo de mim, só as vezes, quando o sol nasce e eu acordo numa loucura que me deixa inconformada de ter amanhecido só. Não há ninguém em casa, nem vento, nem sombra, só eu... Mil livros na estante me chamam, mas eu fico no ócio. Deixei de me penetrar a muito, acabei por me superficializar, receio das descobertas, talvez ou pode ser preguiça mesmo. Deve ser. Sempre é. Milo planos e nenhuma busca, tenho o mundo nas mãos mas não aprendi a administrar nem a minha boca. Calculo seus sorrisos. Calculo meus gritos, posso ser até matemática. Você já teve preguiça de ser você?

domingo, 2 de agosto de 2009

Domingo pro rio

Não foi por mal que nos adaptamos a nós mesmos. Sabíamos que aconteceria, nossos sangues se confundiram, vai ser difícil me despir de você hoje e fingir que acordar com seu olhar não é a melhor coisa que acontece pelas manhãs tardias. Mas amanhã é novo dia, vou acordar cedo dessa vez, meu coração vai saltar ao perceber que não há nenhum braço prum abraço. Minhas pernas me levarão sem razão até meu chá e o dia há de começar. Tenho que parar de trocar as pernas, meus joelhos voltarão aos bons e velhos tempos, meus braços rígidos e eu vou aprender em uma semana como é mesmo aquela sensação de querer correr até o rio de janeiro.
Agora alguém me diz por que justamente num domingo, nunca gostei de domingos, eles tem cheiro, cor e ânimo de enterro. Parece que o mundo se acaba em todos eles e eu vou tentar me restituir na segunda!
Não me pare, não me deixe parar, me leve longe, a qualquer lugar.