Naqueles momentos em que o mundo desaba, em que a esperança se esconde, em que tudo resolve voltar atrás e desandar a caminhada, que já parecia cansativa. São aqueles momentos em que o pior pode não abalar, mas o acúmulo de restos de frases que cortam um peito superficialmente, de forma que na hora você nem sente, resolvem rasgá-lo todo, dilacerá-lo. Daí você se encontra sentada em frente à um computador em plena tarde ensolarada em que você poderia estar fazendo qualquer outra coisa mais útil, tentando explicar a você mesmo que vai passar, que você vai se levantar e conseguir um dia, sabe-se lá qual, reabrir as oportunidades que algum hipócrita te roubou.
Assim cansada demais de sempre te dar a mesma desculpa, de que as coisas estão assim mas mudaram, te fazem brigar com um mundo inteiro, mas o mundo que você briga é justamente aquele que não tem a mínima culpa das suas frustrações.
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