terça-feira, 23 de junho de 2009

Antes do depois

Aí naquele instante mil pensamentos inundaram meu cérebro, e eles faziam uma sequência um tanto quanto desafiadora e esquizofrênica. Era eu e um não eu falando. Dali, parti para o outro lado da avenida buscando um pouco mais de paz. Queria o silencio das horas naquela hora, era incerto, mas concreto. Não gostei dos resultados, dei dois passos e, no entanto a voz que surgia na minha cabeça se intensificava, tive medo de que passasse a gritar. E ao mesmo eu a desejava, ela fazia parte de um todo meu que até então eu não conhecia. O frio em meu estomago crescia, a voz cessou. Perdi-me ali, bem ali no meio, entre os carros que iam e vinham e não me viam. Enlouqueci em dois segundos, ou não era loucura? Tentei, em vão, alcançar a calçada, mas meus pés se perderam e eu cai. Vi o chão se aproximando em câmera lenta, era como se meu cérebro quisesse guardar até o cheiro daquilo tudo. A última coisa que vi? Foi a luz de um farol bem forte! E depois? O meu depois é isso aqui.

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