segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Tempestade

Cheiro e gosto de chuva. Silêncio, o gostoso do silêncio. Nenhum pensamento. Sem saber como que uma mente tão cheia possa ter ficado vazia. Não chega a ser serenidade, pois desespera fácil. Mas é uma calma, um frio, um nada.
Buracos que foram cavados em minha alma. Pedaços destroçados que nenhuma tentativa minha de costurar novamente, em seus devidos lugares, valerá. Eu vejo um poço de mágoas. Um céu preto que de vez enquando leva à chuva, e daí a consequente piora. As minhas ruas ficam cheias, inundadas. Minhas memórias transitam quase parando, a causar pane. E eu paro ao ver as gotas que caem incessantemente, a lavar-me a face. A chuva passa e o sol pode sorrir um pouco, não por muito.
E novamente a mente volta pro seu frio, pro seu nada.