Medo. A palavra da qual fugi com sorrisos. Medo dos sonhos que ainda vivo, pesadelos. Medo da ausência de um abraço, quente, que me envolva nessa noite. Tão só, tão vulnerável, tão amedrontada. Medo, antes de mais nada de mim, do vazio que se fez depois da enxurrada. Medo, do céu que se abriu em meio ao nada. Medo das cólicas que me são remédios. Medo do exílio do qual me exilei hoje. Medo de todas palavras que engoli até agora, das imagens que não reconheço, da água que me afoga, das lágrimas que não são acompanhadas de calma.
Medo de me afogar, de não saber nadar, não ser possível ser salva. Medo de não calar a dor que grita, esperneia, incessantemente. Medo de não haver você hoje, amanhã e sempre. Medo de não deixar você existir depois de tudo isso. Medo de nunca ter sido você, medo de não ser ninguém.
_ Me abraça amor, me faz um cafuné e traz aquele chá que você nunca quis provar. Porque o livro rasgou, o céu está arranhado e o desespero se transformou em algo maior. Me abraça amor, que eu preciso da sua assimilação, do seu riso, da sua mão pra me levar pro mar.
Um comentário:
Medo. De conhecer o diferente, de não entender por quês e por quê de não compreender, sonhos e pesadelos, de não poder ajudar. Medo, de destruir, de minimizar, de estremecer tudo que foi sonho, presente, segurança. Medo de acabar com tudo que era tão belo. Medo da sua fuga de você mesma .... de seu isolamento repentino ou da hiper ou super atividade, ativados por sei lá o que ou quem ..... Medo, que tudo possa acabar e se partir. Medo, apenas medo, que não me deixa dormir, trabalhar, pensar, viver ou ser. Medo de não ser mais quem sou, medo de não poder te ajudar ... te amar, te dar bom dia e te preparar o jantar.
Continuo te amando ......... amando .......... amando
estarei aqui quando quiser .............. quando quiser ..
VOLTE .... minha flor, “póquinha”, te amo
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