Dias que não amanhecem e noites enevoadas. Não retornem por favor! O silêncio era paz até então, não retorne! Deixe as luzes com os tons que elas quiserem ter, com as cores e fluidos que quiserem.
Noites, me digam de uma só vez qual é o medo de vocês. Não é possível tamanha desordem emocional. Dias, me digam do sol ou da chuva que os temperam e não das tristezas que andam por suas ruas.
O semáforo não abriu hoje, para mim, ficaram lá e os carros a passar. Transeuntes a driblar as vias e eu ali esperando o vermelho que não era meu. O dia fez um sol frio e o vento gélido empalideceu meu semblante. Não havia sequer gargalhadas caladas. As cobertas maravilhadas de mim, as cobertas felizes de mim, as cobertas quentes de mim, de mim. O sol e as cobertas.
Não houve luta nem paz, houve a cálida melancolia de dias iguais que seduz-me entre lençóis e livros (mais uma vez não lidos). O gosto amargo e o bafo não se desfaz da boca, o gosto fica entranhado junto à sensações não térmicas. Cálculos não feitos, resumos refeitos, leituras e releituras do que não se quer mais saber.
Listras e pesos para as pernas que voltarão um dia a serem rígidas, duras feito a força de um cérebro que também se desfez. O armário se fez, as estantes demoliram-se e o céu só abre raramente, que metira.
Foi só hoje que choveu sem alma, foi só hoje.
3 comentários:
Minha linda adoro ver como você se expressa com tanta sensibilidade, te amo muito
"Foi só hoje que choveu sem alma, foi só hoje".
todo dia é um novo dia ........ esse foi só mais ummmm .... MAIS 1 ... SRRSSR
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