sábado, 17 de outubro de 2009

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Noites que vem e vão e o tempo não para de correr, são noites desprendidas de memórias que se possam viver. Disseram que é preciso esquecer pra lembrar, mas e se o silencio fizer apenas com que não se recorde? Uma paz de não pensamentos que te levam a desejos e consequentemente te elevam a uma possível nostalgia irritantemente inconveniente? Creio eu que não. Acredito fielmente que as memórias nos fazem ver e crer o que já não se pode viver, mas é bem dito também que às vezes elas irriquietam.
Quem sabe o impossível não se faz concreto, em meio às madrugadas mal dormidas e ansiosas, que anseiam mais que nada uma liberdade talvez vã. Essa falta de saber o que é e o que não é vão, essas batidas na porta da frente, a campainha interna, alerta. Se faltas membro, se faltas ar, liberdade é pouco ao que se quer falar, desconhece-se tudo então. Incógnitas voando por todos os lados gritam repetidas vezes as suas próprias respostas. Mas o olho nu não vê e não há lentes no quarto.
A televisão queimada, o livro rasgado, o chão inundado e o teto caindo. Começo, meio e fim da história sem limites.

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