Uma cama vazia, fria. Almofadas rolando pelo chão mal varrido. A bossa tocando no computador e a televisão querendo ser ligada. Tem livros espalhados pela escrivaninha e nas estantes, a impressora escondida pelo que parecem ser escombros de uma guerra. A filosofia deitada num criado mudo junto à uma história verídica. Montes de roupas lavadas cheiram a rosas. O jornal não foi lido, o celular deveria tocar. Ninguém entra, ninguém sai. Canetas e borrachas por cima de equações incompreendidas. A coluna está torta, dói. Os olhos pedem um descanso, mas a solidão lhe prende ali. Nenhum sorriso, mas também nenhum choro. Um silencio ocioso, uma inércia mal agraciada. O anel no anelar e o coração vazio. Frio, frio!
Vem, dorme comigo!
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