Um pedaço de papel que cai
um tilintar de sino a mais
a pedra de lá longe vai
caindo, caindo se desfaz
um trepido e continuo vagão
de milhares de estórias sem fim
vem vagando, numa imensidão
do triste relâmpago de cetim
se rasga no fundo mirabolante
de velcro desfeito radiante
fingir e não fingir-se constante
uma luta, um medo, desconcertante
que o que cai venha a voar
e de voar não se canse nunca
a brisa que vem apagará
a cor, o som, sem culpa
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