terça-feira, 29 de abril de 2014

Incoerente

Acordei. Meu nome deveria ser mudado para insônia. Não importa a quantidade de sono que tenho, a madrugada sempre me espera com um abraço e um risinho irônico. Enfim. (3:19)O vizinho anda incansavelmente pela casa. Talvez ele se inquiete assim como eu faço. (3:20) Por um acaso, você já não se perdoou por atitudes tomadas que não condizem com o que você acredita ser? Meu pensamento ficou tomado por este questionamento, e fui inundada por pensamentos a respeito dos medos. Uma pilha de livros a serem lidos, uma lista de filmes a serem vistos, um copo de chocolate quente abandonado (provável que já tenha gelado). Restos de papeis de chocolate espalhados pelo quarto. (3:22) A desordem me causa úlceras, mas a vontade de não sair da cama chega a vencer, ocasionando um ciclo louco e confuso. Revistas velhas e novas se misturam àqueles antigos livros de química. Meu Deus! Até quando? Seu pensamento também se perde assim, pelas horas? (3:24) Você se apaixona toda semana por um novo personagem? Sejam dos livros, dos filmes ou os que supostamente acreditamos ser reais. Convenhamos, se nem nós mesmos temos certeza absoluta de quem somos, quando nos apaixonamos estamos nos encantando por aquilo que acreditamos ou criamos em cima de outra pessoa, não é mesmo? Ou são elas que se recriam por nós e vice e versa? (3:30)Existe uma palavra designada ao medo de computadores (logizomecanofobia), mas a verdade a que mais me assutou foi a narigofobia, como se vive com medo de narizes? Eis que a tal insônia me levou a esta lista infinita de fobias, e o nome que me pareceu mais coerente até agora foi a "maniafobia". Leia este texto e me diga que diante de tamanha incoerência você também não tem medo da insanidade. (4:00) Logo mais o dia nasce!

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