- Bom dia!
- Pro senhor também, um dia lindo aliás.
- Havias sumido até então, o que a vida lhe fez?
- A vida me fez graças, me deu graças. Passei um tempo caminhando por aí. Já estou de volta.
- Um café grande?
- Sim é claro, estou de novo com um sono daqueles.
- Ah! Mas dessa vez vai?
- Creio que vá, vai sim, de vez.
E as palavras não ditas escorrem por uma mente menos turbulenta, mais capaz de silenciar. O mundo acaba por exigir de nós esse desenvolvimento, para uns mais facilmente, para mim um processo ainda maior. Se chás ou comprimidos, não sei. Se o exercício diário ou a conversa semanal. O importante são cores até então não vistas e caminhos não trilhados pela incapacidade de percepção de sua existência. A calma que é de causar um orgasmo pela vida.
Mais sol pra queimar a fotofobia por detrás de lentes escuras não tão escuras, olhos entreabertos. Camas recheadas de travesseiros e cobertores e amores, num 40 graus. A cerveja da quinta feira e a preguiça da sexta. Um "sex, drugs and rock and roll" muito equilibrado e um sorriso pra fechar a semana mal munida de vinténs.