É assim, como se tudo fosse límpido, claro, suave e sereno e do nada tudo passa. Tudo corre, tudo vira nas curvas das colinas. Tudo gira, tudo...
É como o nada num todo estranhamente particular,e a peculiaridade contorna, se faz, se refaz, se deleita do ser que é. De rimas sem riqueza, de vozes sem exaltação. Às margens do lago, ficava a jovem, enevoada na névoa, tristonha por nada. Era ela, sem saber de seus tons avermelhados e manchados do rosto, sem saber do dourado que por fios tendiam a cair sobre seus ombros eretos de orgulho desconecto. Era vívida e mórbida, era chuva ensolarada, sem reflexo n'água. Em estágios de gentileza o todo se desintegra e vibra uma pequena linha de sutis falas amantes. Ela, sem falas, se dizia pra ninguém, que seu sorriso inexistente seria o mais belo de todos. Como se houvesse concorrência, levantou-se ao se lavar e correu, correu por trilhas sem fim, por quilômetros à dentro.
Caiu ao notar que não era possível ser notada, no meio daquela multidão de matas, caiu e chorou mais uma brilhante vez. Nessa hora, sem lago, com névoa, se notou jogada em meio flores, flores de tantos cheiros que ficou tonta. Logo percebe-se na relva a movimentação dos seres, estes formam o povo habitante daquele nada tão dito. Estes pulavam de folhagens a folhagens, fazendo movimentos que pareceriam a vista comum uma coreografia de anos de ensaio. Seres dançantes.
Um comentário:
Pra variar toda vez que entro aqui me deparo com textos excelentes (não lia desde "¿Luto?")
Adorei o layout novo do blog :D
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